sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Pés no chão


Pés no chão
Na contramão da vida
Na ida e na volta
Sem volta...

Não tem volta!
Pra viver
E conviver
E bem-viver
Sobreviver
Tem que ser
Com os pés no chão.

A cabeça nas nuvens, sim
O sonho, nos céus
Mas os pés no chão
Se não...
Nada feito direito

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Desde Menina...

Desde menina,
fazendo poesia...
vivendo poesia
forjando a poesia na vida
forjando a vida em poesia


Meu
campo de pesquisa:

a vida das comunidades,
dom de Deus

Minha inspiração:
a natureza,
proeza de Deus

Meu sonho:
Um mundo igualitário
E solidário,
vontade de Deus

Minha vontade:
Que a poesia que faço
Possa fazer mais
Em mais vidas
Por mais vidas
Com mais vidas...
Quero
A Vida em Poesia...

Esta é a minha poesia




(Lola)


Eu já disse tanta coisa
Que jamais eu diria
Se não fosse em poesia
E só disse direito
Porque foi do meu jeito
Porque foi em poesia

A poesia vem e vai
Nem bem vem uma
Já vem mais alguma
Sempre pra dizer direito
Do meu jeito
Às vezes sem jeito
No meu dizer sentindo
No meu sentir dizendo
Não entendendo nada
Às vezes
Mas sentindo tudo
Sempre

Me dando a conhecer
Deixando ver
O que nem é
De se ser
Deixando sentir
O que é de se intuir
Mas sempre do jeito
Que a vida diz

Poesia feliz
Poesia triste
Porque a tristeza
Também existe
E é a existência da vida
Que me assiste
No meu fazer poesia
No meu dizer
O que vai além
Do dizer

Isso é poesia
Assim sinto

Sinto muito!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

domingo, 25 de novembro de 2007

Pedaços

Pedaços...

Despedaça
Um pedaço da vida
De sofrida que é
Quando um pedaço
De um todo
Sae de todo
Sae de tudo

Fica o todo
Todo em pedaço
Porque um pedaço
Não é mais parte
Não faz mais parte
Nem em parte

Parte o coração!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Preciso de ti, guria!

Preciso de ti, guria!

Às vezes,

Aliás,

Muitas vezes,

No preciso dia

Em que precisas de mim!

Preciso de ti, guria,

Como confidente

Como ouvinte

Como gente

Que precisa da gente

Preciso de ti, guria

Pra prosseguir

De cabeça erguida

Sabendo que é assim

Que também precisas de mim

Preciso de ti, guria!

Lola

Se o chimarrão não existisse, eu o inventaria

Se

o

chi

mar

rão

não

existisse, eu o inventaria

como seriam minhas manhãs

sem a manha da cuia

no banho da pia

como seria

iniciar o meu dia

sem o dengo da bomba

querendo a mão envolvente

banhando-a na água quente

como eu poderia ter energia

sem sorver de mansinho

golinho por golinho

água esquentando

virando mate

arte

E o meu arremate:

Como faria poesia

Sem que o amargo do chimarrão

Entrasse em sintonia

Com o mais doce de mim

Pra que, enfim

Eu abrisse meu coração.

Pois é

Se o chimarrão não existisse

Eu o inventaria.

Lola

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Terra mãe

Terra

Parideira

Criadeira

Provedora mãe

Provedora de tudo

Da semente ao fruto

Frutificando a vida

Vivificando o fruto

To de luto, mãe

Por ti

Por mim

Pela humanidade toda

Toda organizada

Pra te agredir

Iludida!

Busca ficar “bem de vida”

E te mata, mãe

Terra mãe

Me alio a toda idéia

Que encaminha tua cura

Me abraço

A todo gesto

Que gesta tua vida

Me irmano

A toda luta

Que busca tua libertação

E estou feliz, mãe!

Porque há muitas idéias

Muitos gestos

Muita luta

E que Deus

Em sua graça

Nos ajude!

Lola

Demais

(28.12.06)

Mais

Que pensei

Bem mais

Que sonhei

Demais!

Mas quero mais ainda

Bem vinda, felicidade!

Saberei te ter

Saberei te ser

Te farei crescer

Dentro de mim

E em volta de mim

Bem vinda, felicidade!

Mais

Que pensei

Bem mais que sonhei!





Amargo e Doce


O amargo

Que madrugo

Sevando o meu chimarrão

É pra viver doce

Como se fosse

De contradição

Em contradição

Que a vida pudesse

Ser vivida.

E é.

É feita do amargo

E é feita do doce

É feita do chimarrão

E do mate doce

Erva mate e mel

Erva-doce e o fel

De um chá de losna

E se não fosse assim

Não caberia em mim

Tanto doce

Que tenho pra dar

Pra falar

Pra adoçar as amarguras da vida

As amarguras?

Preciso delas

Para adoça-las

E com a minha doçura

Impregnar de doce a amargura

As doçuras?

Preciso delas

Para amarga-las

E com a minha amargura

Impregnar de amargo a doçura

Contradição!

A vida é feita de contradição.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Lamento de Mulher

Lamento de Mulher

(Lola, 16 de novembro de 2007)

Olhas para mim

Como se eu fosse posse

Me fazes viver

Em função

Do teu viver

Do teu querer

Do teu prazer

Usas de mim

Abusas, enfim.

As coisas não são assim

Não sou coisa

Sem coração

Sem mente

Sem decisão!

Sou gente

Que sente!

O sentido

Da minha vida

Tem o sentido

Da tua vida

Ser homem

Não te torna mais

Ser mulher

Não me torna menos

Sermos homem e mulher

Nos faz iguais.

Oiiii! Que bom que estás aqui comigo. Valeu!

Oiiii! Que bom que estás aqui comigo. Valeu!
Muito obrigada pela visita. Volta!